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“ Nas urnas involucradas de saber, a nação baionense elegeu para a posterioridade um de
seus mais ilustres representantes: Francisco Ramos. Especialista no território da emoção,
congregou-nos em laços fortificados de amor a Baião.
Comandante, idealista, herói. Quantos substantivos para aludir-se a um homem do povo que
fez da humildade a razão que o atrelou a nossa terra e compôs a história da nossa gente.
Nos tribunais da existência, advogou com forte empenho, nossas causas na justa concepção
de erguer monumentos de esperanças que se perpetuam nos mais diversificados rincões.
Na literatura de sua vida pública constam coerências, sensatez, equilíbrio. Na sua filosofia lêse
a didática de um homem sóbrio avançado para o seu tempo. Pela vida cotidiana, vimos a força
fenomenal de multidões aficcionadas pelo estilo Chico Ramosde ser.
Todavia, foi no campo da passionalidade o seu maior triunfo. Pai diplomado com honras e
méritos, alternava as funções de amigo, de companheiro de conselheiro. Fez do amor o alimento
que deu força, paciência e dinamismo para lidar com as diversidades na mais doutrinária das
missões: manter a paz em meio a turbulência de desafio e perdas. Nesse terreno dava mostras de
segurança e competência. Os sofrimentos em vez de abatê-lo, expandiam a sua sabedoria. As
frustrações em vez de desanimá-lo renovavam lhe forças.
Apesar da pouca escolaridade, expressou as funções mais ricas da inteligência: era um
especialista na arte de pensar, na arte de ouvir, na arte de refleti, era, sobretudo, um poeta que
coloria os invernos de nossa vida. Sua partida não representa, necessariamente, um adeus posto
que Baião o tem no coração, e a nossa saudade será sempre uma evocação a deus para mais um
voto: o da vida eterna.” (Homenagem: Evaldo Lemos)
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