Caros membros da Avaaz ao redor do mundo,
Fui escravizada aos 5 anos de idade. Todos os dias, eu cuidava do rebanho. Todas as noites, era estuprada pelo meu dono. Sem entender direito, eu pensava que isso era normal.
Na Mauritânia, o país de onde eu vim, centenas de milhares de pessoas ainda vivem dessa maneira. Eu tive sorte. Meu irmão fugiu de seus donos, encontrou uma organização que trabalha para erradicar a escravidão e pediu ajuda para me libertar. Finalmente vieram me buscar, mas no começo eu me recusei a ir embora. Não conseguia imaginar uma vida longe dos meus senhores, uma vida na qual sempre se trabalha, mesmo que se esteja grávida ou em trabalho de parto. Esta era a única vida que eu conhecia.
O homem que veio me resgatar, e que dedicou sua vida para libertar outros escravos como eu, está agora atrás das grades por se atrever a lutar contra a escravidão.
Dentro de cinco dias, um tribunal julgará um recurso que pode libertá-lo. Se centenas de milhares de pessoas ao redor do mundo declararem seu apoio a Biram Dah Abeid, podemos romper suas correntes para que ele possa continuar ajudando outros a quebrar suas próprias. Assine agora:
https://secure.avaaz.org/po/mauritania_anti_slavery_biram_loc_dn/?bUfSoeb&v=63446
Os senhores de escravos estão fazendo pressão para manter o status quo, mas a opinião pública começa a mudar. Acredito que o nosso presidente pode ser influenciado: sob grande pressão, ele libertou presos políticos no passado, incluindo o próprio Biram. Por favor, junte-se a mim agora para libertá-lo mais uma vez.
https://secure.avaaz.org/po/mauritania_anti_slavery_biram_loc_dn/?bUfSoeb&v=63446
Com gratidão e esperança,
Haby mint Rabah com a equipe da Avaaz
Nota da Avaaz:
A Mauritânia tem o pior regime de escravidão no planeta. Atualmente, até 20% de toda a população é escrava. As pessoas já nascem escravas ou são vendidas, maltratadas, violadas e exploradas. E assim como a escravidão histórica, o regime aqui é racista: quase todos os escravos são da etnia haratin.
A Mauritânia foi o último país do mundo a abolir a escravidão, que só foi criminalizada em 2007. Apesar de ser ilegal, de haver uma lei antiescravagista e políticas públicas para o fim da escravidão, e embora o parlamento tenha acabado de aprovar uma lei considerando a atividade “um crime contra a humanidade”, apenas um senhor de escravos foi condenado até hoje.
Aqueles que desafiam esta prática cruel e ilegal são presos e torturados. Biram lutou contra a escravidão por toda a sua vida, recebeu prêmios de reconhecimento internacional pela ONU e recentemente concorreu à presidência da Mauritânia. Mas o governo negou qualquer tipo de reconhecimento legal à organização que ele dirige e, agora, ele foi posto na prisão por dois anos, apenas por ter falado sobre o assunto publicamente.
Faltando apenas cinco dias até que o recurso seja julgado, vamos responder ao chamado de Haby exigindo a libertação de Biram, e fazer o maior pedido pela abolição da escravidão do século 21 – vamos compartilhar esse texto no Facebook, Twitter e em todos os lugares:
https://secure.avaaz.org/po/mauritania_anti_slavery_biram_loc_dn/?bUfSoeb&v=63446
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