PATRIMONIALIZA BAIÃO
Um movimento começa ganhar força para que a memória de Baião seja preservada, chega ao município com força total e já se tornou um sucesso.
Equipe que coordenou o evento.
Acadêmicos do curso de História da UFPA.
A Secretaria de Estado de Cultura (Secult), por meio do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC) e seu Programa de Educação Patrimonial denominado “Diálogos com o Patrimônio: Valorizando Memórias e Construindo a Cidadania Cultural”, inaugurou, dia 21 de agosto, em Baião, evento itinerante de conversas abertas com a sociedade.
Logomarca que deu o ponta pé no evento.
Mesa com os expositores, Jonas Favacho, geógrafo, da USP, estudioso e pesquisador da história da cidade de Baião e seu espaço geográfico; Milder Ramos, historiador formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), professor da rede municipal de ensino e do sistema modular de ensino do estado; e Reginaldo Pinto dos Reis, pedagogo (UFPA), professor de ensino fundamental em Baião. A discussão será mediada pela técnica da Secult, Sabrina Costa.
Acadêmicos do curso de História da UFPA.
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O encontro aconteceu no município de Baião, na Região do Baixo Tocantins, local que, através de uma demanda de moradores, propiciou que a Associação dos Agentes de Patrimônio da Amazônia (Asapam) entrasse com pedido de tombamento no DPHAC do complexo centenário composto por uma caixa d’água de ferro, a antiga sede da prefeitura e a escadaria “Pau da Gaivota”. Desde então tem ocorrido uma mobilização social no município em prol do tombamento com a campanha “Patrimonializa Baião”
Um dos organizadores da campanha, Stéfano Paixão, diz que a campanha representa o desejo da população de que esses bens sejam reconhecidos como patrimônio histórico e cultural. “Estamos falando de um complexo centenário da cidade de Baião, composto por três patrimônios ainda resistentes. Talvez, os três últimos exemplares da nossa arquitetura que restou. Vamos lutar para que as gerações futuras possam saber da sua história”, ressalta.
Para ele é muito importante que a discussão se dê pelo viés da educação. “O que nos interessa é discutir o patrimônio cultural de Baião através da comunidade escolar. É uma forma que encontramos de despertar a consciência das pessoas para isso”, disse Stéfano Paixão, ao destacar que a questão da preservação não é apenas restaurar fisicamente o complexo, mas permitir que as pessoas usufruam desses bens “que são marcos históricos erguidos na nossa cidade”.
Segundo o organizador, que é natural de Baião, é a primeira vez que um evento como esse acontece na cidade, sendo motivo de alegria para quem se sensibiliza com a causa. O organizador reafirma o interesse de que a discussão caminhe “na direção da educação para o patrimônio. É isso o que a gente quer hoje”.
Um dos momentos interessante do evento, foi quando da participação do professor Jonas, que lembrou fatos da história do município, destacando que o foi o segundo sistema de abastecimento de água encanada do estado do Pará foi implantado em 1906, ressaltando que a água encanada, só atendia a elite da época. Lembrou ainda do cavalo "bentivi" que transportava lenha para movimentar a caldeira da bomba de água, contou ainda o caso do construtor do "Pau da gaivota" que por não ter recebido o pagamento integral da obra, destruiu com picareta partes da escadaria, fatos que a maioria dos baionenses desconhecia.
Matéria com: Vinicius leal
http://mocajubaperoladotocantins.blogspot.com.br/2015/08/secult-leva-evento-sobre-preservacao.html
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